Entrevista com a apresentadora Nádia Naura de Oliveira
Por
Mariana de Sousa Caires
Nascida em Carazinho, Rio Grande
do Sul, Nádia Oliveira começou cedo no jornalismo. Aos treze anos já era
radialista em Porto Alegre e hoje desempenha os papéis de âncora, produtora e
apresentadora de vários programas da TV Prevê de Bauru, inclusive o telejornal Enfoque Regional.
Há 10 anos numa emissora
educativa como a TV Prevê, Nádia sempre tomou como imprescindível no seu
trabalho a prestação de serviços à
comunidade, o que ela acredita ser o carro chefe do jornalismo. Nádia trouxe à
entrevista além de informações sobre a evolução do telejornalismo, a sua
opinião sobre mudanças que ele vem sofrendo, vale a pena conferir!
REPÓRTER – Nádia, o que o telejornalismo trouxe de novidade e como você vê a evolução do jornal nesse meio?
REPÓRTER – Nádia, o que o telejornalismo trouxe de novidade e como você vê a evolução do jornal nesse meio?
NADIA O. – O telejornalismo desde
o início trouxe muitas novidades ao público e sempre foi o carro chefe da
televisão. Em comparação ao rádio, meio onde comecei, o texto da televisão é
mais sucinto e objetivo, já que conta com toda a informação trazida pela
imagem.
Na evolução do próprio
telejornalismo, as redações perderam sua beleza e poesia. Elas foram diminuindo
de acordo com as mudanças no cotidiano, que se tornou mais dinâmico. Mas apesar
de estarem mais compactas, as redações estão mais aprimoradas e auxiliam na
rapidez da informação que chega ao telespectador. Um grande fator de
mudança foi a chegada da internet. Ela trouxe interatividade com o público na
transmissão dos programas, e também total agilidade à captação de informações.
A internet propiciou atualidade ao jornal e aumentou nosso circulo de fontes.
São várias pequenas informações contidas nesse meio que resultam em notícias mais
firmes e autênticas. Na internet encontra-se muita informação, que é justamente
o importante para o jornalismo e sempre terá valor.
REPÓRTER – Você falou dos avanços com a chegada da internet, mas ela pode ser uma ameaça ao telejornalismo? Como?
REPÓRTER – Você falou dos avanços com a chegada da internet, mas ela pode ser uma ameaça ao telejornalismo? Como?
NÁDIA O. – A internet é uma
ferramenta extraordinária de mídia, mas não nos dá tudo e nem tudo o que ela
nos dá é de confiança. É preciso apurar as informações encontradas na rede
assim como apuramos as ligações que recebemos na TV Prevê. Ela não deve ser vista como ameaça à audiência da
televisão. Sempre existirá quem prefere assistir o telejornal a ler a notícia
nas paginas da web. Além de que a notícia dada na televisão normalmente é mais
trabalhada e dá mais segurança ao espectador.
REPÓRTER – Como vocês utilizam a internet a favor do telejornalismo?
REPÓRTER – Como vocês utilizam a internet a favor do telejornalismo?
NÁDIA O. - A participação do
público pela internet está crescendo, ele nos envia sugestões, cobranças e
perguntas pelo nosso site. Nosso telejornal Enfoque
Regional aproveita a participação do internauta por email. Também é
possível ver a programação ao vivo da TV
PREVÊ no nosso site. Mas não é por isso as pessoas deixaram de gostar do
contato por telefone conosco. 60% das perguntas chegam por telefone, parece que
o público tem essa preferencia por poder esclarecer sua questão e também por
sentir-se ouvido por nós.
REPÓRTER – Como o telejornalismo desempenha o papel de ajudar a
população?
NÁDIA O. - É essencial num telejornal que ele
informe a população sobre os fatos que aconteceram a seu redor e principalmente
que alerte a comunidade. A nossa principal fonte de notícia é o público, então
o retorno deve ser de assistência, de ajuda à população. Como jornalistas,
temos acesso a bastante informação que o público não conhece, por exemplo,
questões políticas. Grande parte da nossa produção é politica e investigativa,
justamente pelo serviço prestado à população ser de tanta importância. Então o
que temos a fazer é divulgar a notícia da forma mais explicativa possível e
estabelecer sempre o contato com o público.
A nossa principal fonte de notícia é o público, então o retorno deve ser de assistência, de ajuda à população.
REPÓRTER – no seu ponto de vista, qual seria o formato ideal de telejornalismo?
NÁDIA O. - O telejornalismo ideal
é aquele bem diversificado, que abrange a maior quantidade de temas possível,
sempre com qualidade. Mas ele também deve ser feito com a sensibilidade de
escolher temas que merecem destaque e são de grande importância à população.
Temas bons e bem trabalhados garantem o retorno do público e dão muita
gratificação.
REPÓRTER – Nádia, do que você sente falta no telejornalismo?
REPÓRTER – Nádia, do que você sente falta no telejornalismo?
NÁDIA O. - É uma questão difícil,
já que o telejornal vem crescendo tanto. Com interatividade, tecnologia e
profissionais qualificados ele está ganhando cada vez maior qualidade. Ele está
melhorando muito, mas falta um telejornalismo mais investigativo nas emissoras
regionais para dar ao publico a maior assistência e conhecimento possível.