Entrevista com Nádia
Naura de Oliveira.
Gabriela Sanches de Lima
Nádia Naura de Oliveira nasceu no Rio Grande do Sul e atualmente
trabalha em Bauru, na TvPrevê. Já trabalhou como radialista, mas hoje atua na
área do telejornalismo. É âncora, produtora e apresentadora e coordena
programas de cunho social e político que interessam a toda população. Nessa
entrevista, Nádia conta um pouco mais do que é o telejornalismo para ela e as
transformações ocorridas com ele.
Foto: Laura
Fontana
1)
Em sua opinião, você acha que o
telejornalismo evoluiu?
Nádia – Sim, muitas evoluções
positivas. Diferente do rádio, o telejornalismo pode utilizar imagens que
deixam o texto bem sucinto e objetivo. A evolução dentro da redação foi a
própria. Hoje, a redação melhorou, teve que ficar compacta. A qualidade da
imagem também melhorou muito com o sinal digital. A internet também ajudou na
evolução com a interatividade. Ela proporcionou ao jornalismo a possibilidade
de ser muito mais atuante e factual. Todas essas mudanças deixaram a notícia
mais autêntica.
2)
Por outro lado, você não acha que a internet
tomou um pouco o lugar do telejornalismo?
Nádia – Depende do gosto do leitor,
mas não diminuiu importância nenhuma. A internet passou a ser uma ferramenta
extraordinária de mídia, a notícia está a sua disposição o momento que você
puder acessar, o que não acontecia antigamente. Agora, aquele jornal em que
você confia, você não espera? A internet não passa a confiança que o
telejornalismo passa. Acho que a internet não vem substituir, ela vem agregar.
3)
E aqui na TvPrevê, como é a participação da
internet com o público?
Nádia – Aqui na TvPrevê há bastante
participação da internet com o telespectador. Os internautas podem assistir
alguns programas na internet o horário que desejarem. Mas ainda assim, os
e-mails não tomam o lugar dos telefonemas. Hoje 40% da participação é pela
internet e 60% é pelo telefone. As pessoas ligam aqui para contar ou reclamar
de alguma situação que pode virar matéria, afinal quem faz a pauta? São as
pessoas, a população.
4)
E na sua opinião, qual a importância do
telejornalismo para essa população que faz a pauta?
Nádia – Além de informar, o
telejornal também alerta. É uma prestação de serviços que oferece a população o
que ela necessita. Mostra reinvindicações, alertas sobre assaltos, cuidados com
a sociedade. Por exemplo, é necessário alertar a população que um homem se faz
de carteiro para na verdade assaltar as casas dos bairros daqui de Bauru.
5)
O que falta para o telejornalismo ficar
ideal?
Nádia – O jornalismo ideal é aquele
bem diversificado e investigativo. É aquele que te informa o destino dos nossos
recursos, que investiga assuntos de interesses da população. Acho que falta
isso para as emissoras locais. Um jornal que além de passar notícias do
cotidiano das pessoas, investiga também. Porque o telejornal, na verdade,
reflete a condição de uma sociedade e de como ela vive.
Nenhum comentário:
Postar um comentário