quinta-feira, 29 de março de 2012


Entrevista com Nádia Naura de Oliveira.
Gabriela Sanches de Lima

Nádia Naura de Oliveira nasceu no Rio Grande do Sul e atualmente trabalha em Bauru, na TvPrevê. Já trabalhou como radialista, mas hoje atua na área do telejornalismo. É âncora, produtora e apresentadora e coordena programas de cunho social e político que interessam a toda população. Nessa entrevista, Nádia conta um pouco mais do que é o telejornalismo para ela e as transformações ocorridas com ele.

Foto: Laura Fontana

     1)      Em sua opinião, você acha que o telejornalismo evoluiu?
Nádia – Sim, muitas evoluções positivas. Diferente do rádio, o telejornalismo pode utilizar imagens que deixam o texto bem sucinto e objetivo. A evolução dentro da redação foi a própria. Hoje, a redação melhorou, teve que ficar compacta. A qualidade da imagem também melhorou muito com o sinal digital. A internet também ajudou na evolução com a interatividade. Ela proporcionou ao jornalismo a possibilidade de ser muito mais atuante e factual. Todas essas mudanças deixaram a notícia mais autêntica.

      2)   Por outro lado, você não acha que a internet tomou um pouco o lugar do telejornalismo?
Nádia – Depende do gosto do leitor, mas não diminuiu importância nenhuma. A internet passou a ser uma ferramenta extraordinária de mídia, a notícia está a sua disposição o momento que você puder acessar, o que não acontecia antigamente. Agora, aquele jornal em que você confia, você não espera? A internet não passa a confiança que o telejornalismo passa. Acho que a internet não vem substituir, ela vem agregar.

3)      E aqui na TvPrevê, como é a participação da internet com o público?
Nádia – Aqui na TvPrevê há bastante participação da internet com o telespectador. Os internautas podem assistir alguns programas na internet o horário que desejarem. Mas ainda assim, os e-mails não tomam o lugar dos telefonemas. Hoje 40% da participação é pela internet e 60% é pelo telefone. As pessoas ligam aqui para contar ou reclamar de alguma situação que pode virar matéria, afinal quem faz a pauta? São as pessoas, a população.

4)      E na sua opinião, qual a importância do telejornalismo para essa população que faz a pauta?
Nádia – Além de informar, o telejornal também alerta. É uma prestação de serviços que oferece a população o que ela necessita. Mostra reinvindicações, alertas sobre assaltos, cuidados com a sociedade. Por exemplo, é necessário alertar a população que um homem se faz de carteiro para na verdade assaltar as casas dos bairros daqui de Bauru.

5)      O que falta para o telejornalismo ficar ideal?
Nádia – O jornalismo ideal é aquele bem diversificado e investigativo. É aquele que te informa o destino dos nossos recursos, que investiga assuntos de interesses da população. Acho que falta isso para as emissoras locais. Um jornal que além de passar notícias do cotidiano das pessoas, investiga também. Porque o telejornal, na verdade, reflete a condição de uma sociedade e de como ela vive.


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